Os kits de autoteste, que serão entregues aos serviços de saúde de todas as penitenciárias federais, permitem diagnóstico de HIV de forma ágil, confiável e sigilosa
Nesta semana, o Ministério da Saúde fez uma doação de mil autotestes de HIV ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Destinados aos servidores penitenciários, os autotestes serão encaminhados a todas as Penitenciárias Federais do Brasil. A ação é realizada pela Coordenação de Saúde/DIRPP, em parceria com a Coordenação-Geral de Assistências nas Penitenciárias/DISPF e a Coordenação de Gestão de Pessoas/DIREX.
Os autotestes estarão disponíveis a partir da segunda semana de agosto, nos Serviços de Saúde de cada Penitenciária Federal. Na sede do Depen, os kits estarão disponíveis na Coordenação de Saúde.
“O autoteste é muito simples de fazer. Ele funciona da mesma forma que os testes rápidos utilizados em serviços de saúde ou em ações de promoção da saúde, com a diferença que é feito pela própria pessoa”, explica o coordenador de Saúde do Departamento Penitenciário Nacional, Rodrigo Lopes.
Porque é importante fazer o teste de HIV
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 900 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Destas, 134 mil ainda não tem conhecimento de seu estado sorológico.
O medo de diagnóstico positivo e o preconceito que permeia o imaginário popular representam barreiras que dificultam a busca pelo teste de HIV. O diagnóstico positivo precoce, no entanto, pode impedir que o vírus agrave o quadro de saúde do indivíduo.
Vantagens do autoteste de HIV
Os autotestes permitem acesso ao diagnóstico de HIV de forma ágil, confiável e sigilosa, não sendo necessário que a pessoa se dirija à unidade de saúde para realizar um primeiro exame. “Pode ser feito em casa ou em qualquer lugar, no momento que preferir, sozinho ou com alguém em quem confia”, diz Lopes.
Apenas nos casos em que o resultado for reagente, ou seja, indique positivo, é necessário procurar atendimento para confirmação do diagnóstico. Caso confirmado deve-se iniciar o tratamento imediatamente.
O tratamento é gratuito e está integralmente disponível a todas as pessoas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nos últimos anos, as pesquisas avançaram consideravelmente de forma que, com diagnóstico precoce, a boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) aumenta a qualidade de vida.
Se o tratamento for realizado de forma adequada e contínua, a carga viral do indivíduo se torna indetectável. Em outras palavras, a pessoa fica com um nível tão baixo de concentração de HIV no sangue que o vírus não é transmitido a outras pessoas.
Atenção à janela imunológica
O autoteste identifica a presença do HIV a partir da medição de anticorpos contra o vírus presentes na amostra coletada. No entanto, existe um intervalo de tempo entre o momento da infecção e a produção dos anticorpos. Este período, que dura 30 dias, é chamado de “janela imunológica”.
Se uma pessoa contaminada pelo vírus realiza o teste durante a janela imunológica, seu resultado pode apresentar um falso negativo. Por isso, diante de uma suspeita de contaminação recente, é necessário refazer o teste após 30 dias da data de exposição.
Os profissionais que atuam nos serviços de Saúde das unidades federais também foram instruídos pelo Ministério da Saúde para responder demais dúvidas dos servidores.
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