Evento reuniu apoiadores do projeto e representantes estaduais da administração penitenciária e da saúde em Florianópolis (SC)
As oficinas regionais do projeto Prisões Livres de Tuberculose iniciaram na Região Sul. Entre os dias 6 e 8 de agosto, apoiadores do projeto, gestores da administração penitenciária, coordenadores de tuberculose e representantes da atenção básica nos estados se reuniram em Florianópolis (SC) para discutir os eixos de trabalho e as metas do projeto. Também participaram da oficina representantes do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz.
No primeiro dia de atividades foram discutidos temas como diagnóstico, transferências e coinfecção TB-HIV a partir de estudos de caso hipotéticos. Com base nessas experiências, o projeto irá auxiliar cada Unidade da Federação a elaborar um manual com orientações e protocolos para o controle e cuidado da tuberculose em cada localidade.
No segundo dia, os participantes discutiram e articularam a organização dos fluxos de atendimento no sistema prisional – não apenas para pessoas privadas de liberdade, mas também servidores, familiares e demais populações que circulam pelo sistema prisional, como professores, advogados e voluntários.
No último dia, foram apresentadas as metas e os compromissos do projeto Prisões Livres de Tuberculose, bem como as possibilidades de articulação entre entidades para oferta de ações em saúde, como busca ativa de tuberculose, vacinação, oferta de testes rápidos de HIV e parcerias com universidades e escola de saúde.
A coordenação do projeto ainda apresentou a metodologia de Teatro-Fórum: uma técnica teatral educativa que será utilizada para sensibilizar os profissionais de saúde e segurança e organizar os fluxos de atendimento de TB no sistema prisional.
“Essa primeira oficina foi muito produtiva porque permitiu que enxergássemos as necessidades de cada estado da região sul”, explica Letícia Maranhão, assessora técnica do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e coordenadora nacional do projeto Prisões Livres de Tuberculose. “Além disso, conseguimos perceber que o projeto está sendo reconhecido no sistema prisional como uma rede capaz de organizar o fluxo de assistência e aprimorar a articulação entre entidades para enfrentar a tuberculose.”
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