Seguro e indolor, o teste rápido de HIV também fornece diagnóstico de sífilis e hepatites B e C
O teste rápido (TR) de HIV é realizado a partir de uma amostra de sangue e o resultado fica pronto em até 30 minutos. O TR também é utilizado para diagnóstico inicial de sífilis, hepatite B e hepatite C.
O teste rápido é sigiloso e oferecido gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS) em locais fixos, como centros de testagem e postos de saúde; além de pontos móveis, como os ônibus de testagem itinerante.
Por que devo realizar o teste rápido?
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) estima que pelo menos 9,4 milhões de pessoas vivem com o vírus sem saber disso. E por quê? Pelo medo da doença.
O relatório “Conhecimento é poder”, divulgado pelo UNAIDS em 2018, indica que o preconceito ainda é uma das principais barreiras para que as pessoas façam o teste de HIV. Mas a verdade é que não fazer o teste por medo não impede o HIV de agir no organismo – só agrava o quadro de saúde do indivíduo.
Em relação à saúde global, o teste rápido possibilita maior número de diagnósticos em menor tempo, diminuindo o adoecimento e a transmissão do vírus.
E se der positivo?
Caso o resultado do teste seja positivo para HIV, a pessoa é acolhida e encaminhada para o início do tratamento. A partir daí, o paciente conta com assistência integral e gratuita pelo SUS.
O tratamento para HIV avançou muito nos últimos anos. Com diagnóstico precoce, a terapia antirretroviral (TARV) pode impedir que o HIV se desenvolva até ocasionar a aids (para entender a diferença entre HIV e aids clique aqui).
Se o tratamento foi realizado de forma correta, a carga viral do indivíduo indetectável. Em outras palavras, a pessoa fica com um nível tão baixo de concentração de HIV no sangue que o vírus não é transmitido.
Em resultados positivos para sífilis ou hepatite B e C, recomenda-se fazer ainda um exame confirmatório para consolidar o diagnóstico. As três doenças têm chance de cura e o tratamento também é ofertado pelo SUS.
Tuberculose e HIV (TB-HIV)
Atualmente, a tuberculose (TB) é a principal causa de morte entre pessoas vivendo com HIV/aids que não realizam tratamento de forma adequada. Por isso, recomenda-se que todas as pessoas vivendo com HIV realizem exame para tuberculose e que todas as pessoas com tuberculose façam o teste rápido de HIV.
No sistema prisional, as condições de saúde das pessoas privadas de liberdade tendem a ser de maior vulnerabilidade por conta das condições estruturais de muitas penitenciárias, que têm problemas como baixa iluminação solar, pouca ventilação, umidade e alimentação deficitária. O diagnóstico precoce para tuberculose e o tratamento oportuno, nessa situação, são ainda mais necessários.
Nesse sentido, a busca ativa de casos de tuberculose e a oferta permanente da testagem rápida para HIV são importantes estratégias de controle de doenças transmissíveis e de cuidado em saúde no sistema prisional.
Por isso, o projeto Prisões Livres de Tuberculose atua para difundir o conhecimento sobre TB e TB-HIV entre a comunidade prisional (pessoas privadas de liberdade e familiares; agentes de saúde e segurança e demais trabalhadores). O objetivo é sensibilizar o público-alvo para a procura e promover o acesso ao diagnóstico e tratamento da doença. Dessa forma espera-se reduzir, em longo prazo, os casos de TB e TB-HIV nas penitenciárias, que registram alta incidência de tuberculose.
Atenção à janela imunológica
Tanto o exame de sangue quanto o teste rápido identificam o HIV a partir da medição de anticorpos contra o vírus na amostra coletada. O problema é que, entre o momento da infecção até que o organismo inicie a produção de anticorpos contra o HIV, há um período de 30 dias chamado “janela imunológica”.
Ou seja: se uma pessoa contrai o vírus e, dois dias depois realiza o teste, seu resultado pode apresentar um falso negativo. Por isso, diante de uma suspeita de contaminação recente, é necessário recomendado refazer o teste 30 dias após a exposição.
Quer saber onde fazer o teste rápido? Basta ligar para o Disque Saúde (136). Não é necessário encaminhamento médico. Apenas vá até o serviço de saúde mais próximo e solicite o teste.
Quer saber mais sobre HIV/aids? Conheço o projeto Deu Positivo e agora?, do UNAIDS.
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